O Brasil advindo de um pensamento arcaico e até maligno, o qual afirmava que existia alguma pessoas que não tinha alma e que por isso
tais seres humanos poderiam ser tratados e vendidos como coisa, manchou as páginas da
sua história escravizando e matando pessoas inocentes e desprovidas de força física,
militar, financeira e política e até religiosa.
É vergonhoso saber que aqui nesse país tentaram escravizar e até escravizaram os índios nativos e forçaram suas mulheres; é
vergonhoso saber que muita riqueza foi
conseguida por famílias que atravessavam o oceano para sequestrar os negros, transportá-los e comercializá-los no Brasil como se coisa fossem.
Todavia a Revolução Industrial foi mentora do
movimento pelo fim do tráfico de escravos e da abolição da escravatura chefiado
pela a Inglaterra e Estados Unidos, obrigando o Brasil a se curvar diante das
forças internacionais e parar na década de 1850 com o trafico de escravos, favorecendo
ao movimento abolicionista, culminando em algumas outras conquistas tais como a
lei do ventre livre, a lei do sexagenário e por último em 13 de maio de 1888 a
Lei Áurea assinada pela Princesa Isabel que trouxe uma pseudo liberdade para os
negros e seus descendentes no Brasil.
Os Negros foram libertos da senzala e
aprisionados nos preconceitos de uma pobreza incólume que atravessa gerações e
chega no século XXI. Saíram da senzala de mãos vazias, saíram para uma
liberdade que os obrigava a tacitamente continuar escravos. Ora pelo baixo “salário”,
ora por força do coronelismo que imperava cujos seus resquícios ainda aprisionam
milhões nesse país.
Ao ver, sem a mão de obra escrava, em
15 de novembro de 1889, chefiados por Deodoro da Fonseca os ex-escravocratas, destronaram
o Imperador expulsando-o do país, e
proclamaram uma República, cujas rés continuasse nas mãos de um público que já
as possuía e tinha o seu domínio.
Quando olhamos os anais da história,
essa República também chamada de republica Velha espalhou terror e morte além
de ser a célula mater de todo fisiologismo e corrupção que hoje impera.
É bem verdade que graças aos movimentos
por democratização e redemocratização, hoje gozamos de alguns direitos que são considerados fundamentais.
Mas ainda falta muito para que as rés públicas, tais como Educação, saúde, moradia, infraestrutura, saneamento básico de forma digna e eficiente esteja ao alcance de todos os brasileiros.
A Proclamação da República do Brasil nos moldes que estão nos anais da história mais parece revanchismo de Coronéis que perderam os escravos do que o Movimento Republicano fundados nos princípio da Revolução Francesa que são igualdade, liberdade e fraternidade. Por tudo isso, pouco ou quase nada temos a comemorar em 15 de novembro. Falta muito para que as rés públicas seja tratadas com legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência como prescreve a nossa constituição no seu artigo 37.
Nenhum comentário:
Postar um comentário