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domingo, 5 de outubro de 2014

ELEIÇÕES 2014 - Festa Cívica ou Consolidação de Negociata?


Tenho saudade dos tempos em que as eleições no Brasil era uma grande festa cívica onde os brasileiros com sede de Democracia iam as urnas em 15 de novembro.
Quando dos mais longínquos rincões desse país saiam brasileiros empunhando o título de eleitor para ir às urnas votar no seu candidato preferido.
Quando os jovens sonhavam completar 18 anos para votar e participavam ativamente das discussões políticas nesse país.
Tempos onde líderes nasciam entre os jovens como gramíneas nos bosques.
Tempos que na verdade tínhamos poucos partidos, mas sobrepujava em líderes, corajosos pensadores, dispostos a desafiar o sistema que nos oprimia ainda que fossem mortos ou banidos sem misericórdia.
Em couro e em meio aos fuzis fomos ás ruas pedir diretas já, mas um dia a aurora raiou e vimos nascer o sol da democracia nesse país chamado Brasil.
Elegemos os constituintes, elegemos o presidente da República na primeira eleição direta após a redemocratização, mas também fomos as ruas de caras pintadas exigir o impeachment daquele que houvera traído a confiança do povo brasileiro.
Hoje o tempo passou e estamos diante de uma eleição insípida, uma democracia ofuscada pelos acordos, pelas negociatas, pelos líderes fabricados por marqueteiros de plantão e pelos partidos fisiológicos cuja ideologia é conquistada no control "V" control "C".
Mesmo assim com uma fagulha de esperança fui hoje as urnas e votei naqueles que acredito ser alguém que me represente e que tem condições de levar esse pais a ser um pouquinho melhor para a maioria dos brasileiros.

sexta-feira, 19 de setembro de 2014

QUANTO CUSTA O PODER

Um carro com auto-falantes percorria as rua da periferia oferecendo uma mercadoria diferente no estilo do verdureiro.
- Olha o poder!
- Você pode escolher
Tem pra todo mundo, não precisa brigar
É comprar e levar !
Uma criança ingênua, mas curiosa como toda criança, entra aos berros na cozinha daquele casebre de periferia perguntando:
- Pai o senhor já comeu  poder? É gostoso ? – Eu quero!
O pai responde:
- Filho, uma coisa de cada vez.
- Primeiro, o poder não se come. Porém é muito gostoso e pode fazer muito mal às pessoas.
- Como assim pai? Interpelou o menino.
- Olha filho, existe pessoas que fazem qualquer coisa para chegarem ao poder, e pagam um alto preço por isso. Vendem uns aos outros, caluniam, traem, entregam aos tribunais,  roubam e até tiram a vida do seu semelhante. O poder enlouquece as pessoas.
- Pai mas o que é poder?
- Filho, poder é a faculdade de mandar nos outros, decidir pelos outros, ter lucro com o trabalho dos outros  e viver esplendorosamente enquanto os outros vivem de migalhas.
A criança fez um silêncio mórbido,  descascou uma mixirica murcha da baciada que o verdureiro houvera vendido por um real, e com a boca cheia resmungou:
- Uuuuuuuuuuuuuuum!
- Entendi ! O chefe da “bocaª”, tem poder né pai?
- Sim filho. Porém o seu poder é ilícito. Pois o que ele vende vai matando as pessoas devagarzinho. Mas existe pessoas muito mais poderosas do que ele e podem decidir o futuro de alguém mesmo antes de nascer. Até mesmo decidiu quando ele ainda não tinha nem nascido, que o futuro dele teria grande chance de ser a marginalidade.
- Como assim, pai?
- Veja filho, existe pessoas que ganham muito dinheiro e o salário de seus empregados é menos  do que elas gastam com o cachorrinho de estimação.
- Enquanto você passa seis meses para fazer um exame por falta de médico, o cachorro delas têm convênio,  quando adoece tem atendimento personalizado, e caso o pior aconteça até plano funerário o bicho tem.
- Olha filho, digo mais: as suas melhores roupas  compramos no bazar de roupas velhas da dona Maria, porém o cachorro deles vestem as melhores grifes do momento.
- Cheguei a uma triste conclusão: “O poder humaniza os bichos e coisifica os humanos”.
- Somos apenas números que influenciam na eleição, na produção e no consumo de bens de baixo custo. Pois ser pobre dá lucro aos poderosos.
- Pai, compra poder para mim. Disse o filho desiludido.
- Filho o troço é muito caro!
- Ouvi falar de alguém que para alcançar o poder teve de subir pela escada da corrupção, atravessar as janelas da fraude, descer á sala da bajulação, assentar na cadeira da mentira, assinar com a caneta da falcatrua, fazer parte da associação dos mal caráter e se aliar ao esquadrão dos traidores.
- E aí, pai,  ele conseguiu chegar ao poder?
- Sim. Claro que conseguiu!
- Então valeu a pena pai. O cara agora deve ta muito bem, né...
- Sim filho. Ele está muito bem, mas ostentando duas pontes de safena,  já divorciou e se casou várias vezes,  é acompanhado sempre por inúmeros seguranças e bajuladores que a fim de ganhar mais  denunciou o tal á uma revista de grande circulação. Agora, sem reputação, sem mulher, sem saúde e avançado em dias o MP o denunciou, a justiça mandou prendê-lo e confiscou os seus bens. Porém,  dado a experiência processual do cara, já pediu "habeas corpus", com fundamentação em fatos que sabe lá se é verdade!
- Paaai!!! ... o carro do poder tá indo embora!
- Deixa  ir meu filho. Pois se os tais não se arrependerem e voltar-se para Deus de toda sua alma, de todo o seu coração, reconhecendo que Cristo é o Senhor, abandonando a prática da corrup´ção como fez Zaqueu,  o máximo que podem se tornar num futuro próprimo é uma estátua na praça, comida de verme no cemitério ou cinza numa caixinha qualquer.  Já dizia o profeta Malaquias: “Então voltareis e vereis a diferença entre o justo e o ímpio; entre o que serve a Deus, e o que não o serve. (Malaquias 3.18 http://www.chamada.com.br/biblia/index.php?pesq=malaquias+3&ver=ACRF&modo=0 ) “.
E lá se foi o carro...
 - Olha o poder!
- Você pode escolher
- Tem pra todo mundo
- não precisa brigar
- É só comprar e levar...

Autor.
Jose Gildásio Pereira