Facebook - Dr.José Gildásio Pereira

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quarta-feira, 20 de novembro de 2013

O BRASIL OFERECE AOS NEGROS A PASSOS DE TARTARUGA AQUILO QUE O PRINCÍPIO DA ISONOMIA DETERMINA QUE SE FAÇA COM URGÊNCIA...


Por causa da segregação étcna no Brasil meus Pais não estudaram 
 
                                                                         Porém a  segregação não me impediu de realizar um sonho de criança
 
A vergonhosa, escravocrata e assassina formação da sociedade brasileira,  durante o período colonial e imperial escravizou e assassinou milhões de índios e negros tratando-os pior do que se trata animal irracional.

No século XIX, pressionados pelos movimentos abolicionistas mundiais a coroa brasileira se curva, promulgando em 1871 a lei do ventre livre dando liberdade aos filhos de mulheres escravas que nascessem após a referida lei, depois promulga a  lei dos sexagenários dando liberdade para os escravos maiores de sessenta anos  e finalmente em 13 de maio de 1888 a princesa Isabel assina a dúbia Lei Áurea abolindo a escravidão no Brasil sem contudo dar aos negros terra ou capital para iniciar uma nova vida em vera liberdade. Pelo contrário,  os donos de escravos queriam ser indenizados  pelo período criminoso que submeteram os negros à escravidão.

Os grandes proprietários de terras e donos de lavouras, os coronéis e os industriários, os quais mandavam na política da época revoltados por perderem seus escravos proclamaram a República segregacionista do Brasil.

Logo após a proclamação da Republica o “grande jurista”  Ruy Barbosa aproveitando que era Ministro da Fazenda,  em 13 de maio de 1891, mandou fazer no centro do Rio de Janeiro uma grande fogueira  onde foram queimados todos os documentos que comprovavam a quem tinha pertencido cada escravo.

Na égide da Republica Nova não houve mudança significativa para classe trabalhadora e o salário ora estabelecido era menor do que aquilo que um dono de escravo gastava para mantê-los na senzala,  não permitindo  que essas etnias usufruíssem das riquezas da nossa Pátria Amada.

O acesso a educação ficou restrito à poucos da classe dominantes, cútis brancas e crioulos eurocêntricos que vieram substituir a mãos de obra nas lavouras e nas cidades e para isso receberam casas e colônias de terras rurais para aqui sobreviver. 

Enquanto isso, os negros e os afrodescendentes que só receberam escravidão chibatadas,descriminação e o nome dos ancestrais apagados da hiostória,  ainda hoje  na vigência da Constituição Cidadã proclamada em outubro de 1988, são segregados em acampamentos, subúrbios, periferias, favelas horizontais e favelas verticais nas terras rurais como salário é o menor do que os demais onde a pobreza e amiséria imperam. Além disso, são educados em escolas sem o mínimo de estrutura para o ensino onde a violência impera e analfabeto funcionais são formados.

O mesmo acontece com os indígenas, cujas terras foram e ainda são surrupiadas, levando-os a viverem de forma quase desumana sem ter as bénecias oferecidas para os cidadãos de posse dessa nação. 

Na verdade a República brasileira ainda oferece a passo de tartaruga aquilo que o principio de isonomia pregado pelos republicanos determina que se faça com urgência. Ou seja: “Tratar os desiguais de forma desigual na medida da sua desigualdade.” A fim de alcançar a igualdade.
 
A fim de mudar a história desse país chamado Brasil,  afrodecendentes, pardos , indigênas e todos os segregados dessa nação tupiniquim, por favor não abandonem os bancos da escola, não pare de sonhar, lute com todas as suas forças persiste nisso.
Está escrito: "Conhecereis a verdade e verdade o libertará."
 
 
 

DISCURSO COMO PARANINFO DA TURMA DO CFPC 2007


Exmo. Sr Presidente da Igreja Evangélica Assembléia de  Deus – Min. Belém Campinas, Pr. Paulo Freire;

Ilustríssima Srª Adriana Torres mui digna coordenadora do Curso de Formação para Professores de Criança na EBD;

 Ilustríssimos Senhores Pastores Supervisores Setoriais das Assembleias de Deus  Belem Campinas;
                                                
 Digníssimos Senhores Dirigentes das nossas Congregações;
                                                                  
 Mui dignos Componentes da  Mesa;
                                                                            
 Prezados Formandos e demais irmãos em Cristo;



Senhoras e Senhores:


Antes de mais nada gostaria de agradecer ao Senhor nosso Deus e  aos  Formandos pela homenagem que me prestam ao conferir-me o privilegio de falar á esta conceituada plêiade de homens e mulheres compromissados com a verdadeira educação cristã.

Segundo uma antiga tradição escolar, a instituição acadêmica do paraninfo nasceu com as primeiras universidades medievais. Em sua origem européia, ao paraninfo cabia um tríplice dever diante dos discípulos. Era sua missão felicitá-los, acompanhá-los e protegê-los.

A missão de felicitá-los, portanto, não requer esforço. Ela é tão simples quanto os gestos mais espontâneos e as palavras mais sinceras. Já as duas outras missões clássicas, a de acompanhá-los e a de protegê-los, se elas não escapam à minha vontade, elas ultrapassam as minhas limitadas possibilidades.

Assim, para que eu não contrarie completamente o meu desejo, nem me esquive da responsabilidade ditada pela tradição, que pretendo resguardar, eu lhes peço que me deixem recorrer à ajuda do nosso manual por excelência, a poderosa Palavra de Deus,  na qual  o Mestre Jesus nos ordena ensinar as nações,  e nos anima dizendo:
 
... e eis que estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos. Amém.. Mt 28.20b”
 
Como ensinadores vocês encontrarão perguntas que parecem não ter respostas, situações embaraçosas que não foram discutidas em sala de aula, momentos  que a presença do Pastor, do professor ou da professora do CFPC seria imprescindível em vossas vidas. Porém nem sempre nos encontrarão por perto. Mas nessa hora contarão com a presença marcante do Mestre Jesus Cristo que é onipresente,  e Ele vos ajudará.

Queridas e queridos formandos, a missão de ensinar é sublime e gratificante, e ensinar a palavra de Deus ainda mais. Pois contamos com a promessa que essa palavra não volta vazia, que ela cumpre o propósito para qual foi enviada. Nós ensinamos,  o Espírito Santo age de forma milagrosa em cada coração, e o efeito da palavra produz  vidas que frutificam na presença de Deus.

Se tratando de ensinar crianças, a responsabilidade de cada ensinador é muito grande, pois vivemos um período de pós-modernismo, onde a filosofia humanista e o individualismo, tem tirado do ser humano o  temor à Deus e o amor ao próximo, dificultando sobremaneira o viver em sociedade e principalmente a  busca pela vida eterna.

Senhoras e senhores,  neste mundo onde impera o poder da caneta, o poder econômico e  o poder da bala; onde a moral e a ética estão em decadência, a honestidade em extinção, os princípios adulterados,  os bons costumes banidos e o conceito de libertinagem inserido no âmago da sociedade, ainda podemos ouvir o ecoar da Palavra de Deus dizendo: “Instrui o menino no caminho em  que deve andar, e, até quando envelhecer, não desviará dele. Provérbios 22.1”.
 
Como pais, como ministros, como professores, como servos e servas de Deus, não podemos fugir à essa responsabilidade, pois não é  reduzindo a maioridade penal, ou instituindo penas mais severas tal como a pena de morte que resolveremos o caos que o Brasil e o mundo se encontra.

Porém,

...se o mestre for mais mestre e menos proletário,

...se os ministros do evangelho de Jesus Cristo permitirem que  suas ministraçôes alcancem a simplicidade de uma criança,

...se  o  pai  for  mais  pai  e  não  apenas  um reprodutor omisso e descuidado,

...se a mãe for mais mãe e não  delegar à outrem a sua responsabilidade,
 
...e se o amor for o combustível que move o coração dos verdadeiros cristãos,

...nossas crianças serão instruídas hoje, para que no amanhã possam votar consciente, legislar com eqüidade, presidir com justiça, ter zelo pela ética, preservar a dignidade, fazer prosperar os bons costumes, servir bem a Deus e a sociedade. E acima de tudo, caminhar para o céu onde temos uma morada preparada pelo Mestre Jesus Cristo.
 
Caros alunos e alunas:


Lamentamos ter chegado o final do nosso curso de CFPC, mas é com prazer que eu preservarei a cortesia que me dedicam no sítio da memória destinado exclusivamente aos raros instantes felizes.

De mim, e dos demais professores,  vocês serão inevitavelmente e involuntariamente  ex-alunos, mas não do Senhor Jesus Cristo. Ele é e sempre será o vosso supremo mestre e o melhor paraninfo. Somente Ele, será capaz de verdadeiramente abrigá-los e inspirá-los ao longo da vida e da  carreira que vos esta proposta.

Parabéns, Igreja,  parabéns departamento Infantil, parabéns Pr Paulo Freire por mais esta nova turma de EDUCADORES. Parabéns formandos, e que Deus vos abençoe no cumprimento da vossa missão!

Muito obrigado.

J.Gildasio Pereira
Verão de 2007