É, no
próximo ano novamente muitos fantoches sairão das malas e irão às ruas fazerem
promessas mirabolantes à um povo que tem sede de justiça.
Sim,
próximo ano é ano de eleição, quando milhões ou sei lá até bilhões de reais
serão gastos Brasil a fora no sentido de eleger os “representantes” do povo.
Já podemos contemplar as negociatas que começam a redesenhar
o cenário corporativista da próxima legislatura nos bastidores de um país onde a fisiologia sobrepõe a ideologia, onde a
Democracia se confunde com anarquia e onde se criam partidos políticos fundados
apenas em interesses corporativos e até profanos,
Não se iludam, enquanto
o povo dorme em berço esplêndido, num estalar de dedos, ao apagar das luzes os
direitos conseguidos a preço de sangue escoam-se pelo ralo e o interesse
pessoal sobrepõe o interesse da coletividade ali no Congresso Nacional.
Nunca
o trabalhador perdeu tanto desde que Getúlio Vargas na década de 30 estabeleceu direitos para aqueles surgiram da vergonhosa escravidão brasileira e também para aqueles que se imigraram
a fim de substituírem os escravos desse país.
Nos
últimos dias o Congresso Nacional quase que subserviente ao executivo, foi
movimentado no sentido de amputar os direitos sociais dos trabalhadores brasileiros
e mutilar sem misericórdia a seguridade social, tudo através de Medidas
Provisórias enfiadas de goela abaixo no Congresso nacional.
Temem-se
que a Câmara dos Deputados, “Casa do Povo”, distanciada da realidade da maioria
dos brasileiros, de namorico com as verbas para emendas parlamentares, de caso
com o fundo partidário e flertando-se com os lobistas de plantão, divorcia-se
do compromisso das urnas, casa-se em segundas núpcias com as vantagens advindas
do cofre do governo, mantém-se em união espúria com a mala preta das grandes corporações
privadas e faça um desserviço para democracia brasileira.
Conclui-se
que o poder econômico sobrepõe o poder das urnas e que o poder que emana do
povo não é pelo povo nem para o povo e sim para atender os interesses escusos
de uma minoria que desde Cabral domina sobre esse país, em detrimento de uma
maioria que vivem das migalhas e do lixo produzido por esta corja, sem que possam ter mobilidade social.